quarta-feira, 29 de julho de 2015

O Alfaiate


O texto que se segue é do Francisco António Esteves – O Chico
1º Cabo 2524

Bem haja a todos!



No Golungo Alto, enquanto alguns de nós tirava carta de condução, um nosso militar que era conhecido como “alfaiate”, para fazer jus ao que fazia na vida civil, arranjou conhecimento com um senhor – também ele alfaiate – ali estabelecido e que deixou que o nosso fizesse alguns biscates para ele.


O tempo ia decorrendo normalmente, sem qualquer incidente…


O patrão alfaiate tinha esposa, cabrita, bonita e, como se costuma dizer, “O lume ao pé da estopa, vai o diabo e sopra”. Ora o empregado alfaiate, na ausência do patrão, ia “dando uns pontos noutra fazenda” e, “tantas vezes o cântaro vai à fonte, que um dia deixa lá a asa”, foi surpreendido pelo patrão!
Ainda ele tentou desmentir tudo, mas de nada valeu.

O empregado ainda lhe disse: 

“Eu não lhe ia fazer tal desconsideração e além disso, depois de comer isso faz mal!”


O patrão, retrucando-lhe disse: 

“Oh homem, cale-se lá com isso que eu tenho feito algumas vezes e nunca me aconteceu nada!”



O empregado lá ficou com o recado, mas o biscate, esse, foi-se!


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